17 de setembro de 2021
Estou entrando no meu sétimo ano de Jornada Essencialista nesse mês de setembro de 2021. De volta a minha cidade natal (Brasília) depois de 8 anos fora, me sinto como o herói na jornada que retorna para compartilhar aquilo que aprendeu. Os últimos 12 meses apresentaram diversos desafios e meu plano foi adaptado para seguir o movimento.
Sempre vão ter coisas que vão influenciar o nosso movimento – imprevistos, erros, fluxos externos. O negócio é como nos adaptamos a essas mudanças para preservar nossos recursos e cuidar do que importa, seguir o fluxo.
O planejamento se encontra nessa adaptação, na minha opinião. É por isso que a cada estação faço questão de ter um momento de conexão profunda com as revisões para olhar a direção, rever o mapa, olhar com carinho para os recursos, incentivos, enfim.
São as revisões que nos ajudam a manter o cuidado com os nossos passos (os nossos planos).
Nas últimas estações eu passei por muitas adaptações:
Nem os meus cabelos são mais os mesmos da última primavera…
A revisão sempre começa por dentro. Na Jornada a gente avalia o processo e os resultados que chegaram ao longo do caminho.
A revisão anual começa com a avaliação do que está legal, olhando o que aconteceu na caminhada do último ano:
Eu gosto de começar fazendo uma “assembleia interior” onde escuto a Gabriela em todos os papeis e como ela se sente. Gosto de escrever sobre isso. Me ajuda a entender o que aprendi no último ciclo e para onde minha intuição aponta.
Busco olhar para os meus recursos (tempo, dinheiro, espaços, conhecimento…) com as lentes do método HCO (Olhar pra dentro, abrir espaços, criar processos, experimentar ferramentas). Como a revisão anual é onde vejo tudo o que passou, este é meu lugar de olhar pra dentro, refletir sobre a caminhada, entender o que sinto, o que intenciono para os próximos meses.
A revisão é fundamental para o planejamento dos próximos meses.
No Notion tenho uma base de dados de suporte e registro de revisões para os ciclos da Jornada. Assim consigo acompanhar com cuidado a cada ano o meu progresso.
Coloquei como tema no ano de planejamento número 6 da minha Jornada Essencialista o foco de Naturalidade e Cuidado. A cada ano tenho um tema que me ajuda a guiar as prioridades e projetos para o ano seguinte e no ano 6 que começou em Setembro de 2020 eu intencionei aprender mais sobre a cultura da natureza. Queria viver mais suas práticas, entender melhor os seus tempos e me ver como ser biológico conectado a algo maior, coletivamente.
Estudei Biomimética para entender a relação da organização com a natureza e entendi que o planejado não é algo natural, mesmo que para alguns possa parecer tão simples planejar.
A natureza trabalha com padrões e na lógica de otimização. Sofremos influências das estações e das mudanças e como reagimos e otimizamos nossos recursos mostra o caminho do movimento da vida.
Sempre irão existir imprevistos e erros, então reforço a pergunta: como nos adaptar às mudanças?
Atingimos o equilíbrio no movimento. E no movimento vamos nos ajustando e nos adaptando.
Planejei um ano, a vida me planejou outro. Mas nos encontramos, porque sou natureza e me adapto, por consequência, adapto o plano.
Na mudança, bati o pé no chão. Não por teimosia, mas por estar buscando raízes mais profundas e força para continuar a crescer…
Todo um ecossistema novo teve que nascer depois que o minha vida dos últimos anos se despediu. Eu enverguei mas não quebrei, pois tive rede, colo e cuidado.
Pra me adaptar, mudei meus investimentos e depositei todos os meus recursos disponíveis na minha saúde nesse último ano. Tempo, dinheiro, conhecimento e energia usei para fazer atividade física todo dia, voltar a cozinhar pra mim, ler poesia, aumentar a terapia, estar ao lado de quem amo, ter tempo para sentir e me escutar. Pensei que ao cuidar do meu corpo eu me sentiria mais forte e minha cabeça aprenderia algumas coisas. Estou aprendendo e não sou mais a mesma pessoa.
Já mudei.
Mudar dói porque mudar é desapegar. E é difícil desapegar daquilo que dá prazer, do que nos interessa, de onde queremos estar. É difícil desapegar de ambientes, de hábitos, de histórias, de identidades. É difícil deixar de “fazer parte de” e por Deus! como é difícil sentir saudade de alguém.
Sinto-me nesse Setembro descendo uma longa trilha que começou em 2015, com minha saída do Brasil, e o início da caminhada essencialista. No retorno às raízes, vem comigo as memórias das trocas, dos abraços e das vistas. Alguns parceiros dessa longa trilha sei que reencontrarei em outros caminhos, outros que nos cruzaremos em algum mirante, alguns que não reencontrarei. Alguns abraços voltarei a sentir. Algumas vistas voltarei a ver.
A descida mostra o que ficou pra trás…
Apesar dos joelhos cansados, chego ao final dessa descida de ano 6 mais leve do que quando a comecei. Animada em começar uma nova estação, o ano 7 da Jornada. Da minha bagagem, busco tirar o peso e continuar com o essencial.
O meu plano de ação detalhado geralmente é de 3 meses a frente (próxima estação).
A cada mês avalio os projetos que são prioridade (geralmente 3) e os divido ao longo das semanas.
Por dia tenho cerca de 4 horas reservadas pra trabalhar em meus projetos. Como já tenho clareza de quanto tempo levo para fazer cada coisa e dimensiono a realização dos projetos por semana e de acordo com seus prazos, essa divisão acontece de maneira bem orgânica durante as revisões semanais e vou sempre adaptando o que for preciso.
Eu faço um plano de projeto com brainstorm, objetivos, etapas e próximos passos para cada projeto e a partir daí vou aplicando nos meus espaços de execução de projetos ao longo da semana. A medida que eu vou fazendo os pontos do planejamento, as coisas vão ficando cada vez mais claras. Planejamento a gente vai adaptando mesmo, por isso eu sempre presto muita atenção as minhas revisões mensais e trimestrais.
Em Setembro a revisão abarca todas as últimas estações do ano, então eu analiso:
12 meses passam muito rápido. Essa análise anual é um aprofundamento no campo de desenvolvimento pessoal. Para facilitar então o planejamento na sequência, recomendo 12 passos para realização da revisão anual:
A realização dessa revisão ao final de um ciclo possibilita uma clareza enorme sobre a capacidade produtiva do ano e também suas prioridades, erros e acertos. É um lugar de análise onde o julgamento não tem vez, é o olhar de cientista que importa. Com dados é muito mais simples entender padrões, então os registros das revisões são fundamentais.
Se você nunca experimentou uma revisão e planejamento anual, que tal testar esse ano pela primeira vez?
No Laboratório de Produtividade você aprenderá como desenvolver uma MENTALIDADE ORGANIZADA e direcionar o seu tempo para o essencial.