13 de janeiro de 2017
Desde o ano passado eu estava com essa vontade louca de voltar a me organizar um pouco mais no papel. Quem me conhece um pouquinho sabe o quanto eu sou fanática por tecnologia e se você acompanha o blog sabe que este é um dos meus focos profissionais também. No início, a ideia de voltar a me organizar no papel me pareceu meio contraditória. Eu gosto de tudo que seja prático e eficiente no meu sistema de organização e já tinha colocado na cabeça que papel não era mais pra mim porque é mais trabalhoso e ainda tem o peso de ficar carregando agenda pra todo lado. Eu já estava longe dessa realidade há anos. Comecei a me organizar digitalmente 10 anos atrás e deixei pra lá as agendas de papel. Sou do time das soluções digitais, adoro o acesso fácil de qualquer dispositivo que eu esteja usando, a qualquer momento, de qualquer lugar. Fora a facilidade de edição e compartilhamento.
Então, por que voltei a me organizar usando o papel?
Bem, a primeira coisa que eu acho importante de contar é que eu não deixei de usar ferramentas digitais. Eu apenas adaptei uma parte do meu sistema de organização para o analógico e pra isso, eu escolhi o Bullet Journal.
Bullet Journal é um sistema de organização pessoal, criado por Ryder Carroll. O sistema se baseia em usar um caderno para inclusão de tarefas, planejamentos, diário, entre outras coisas. Os bullets simbolizam os tópicos presentes no início de cada atividade. Nas palavras do próprio autor do método “um sistema escrito para controlar o passado, organizar o presente e planejar o futuro. #simplesassim
Você pode estar se perguntando: mas isso não é apenas um caderno de anotações? Você está certo. O Bullet em sua essência é isso mesmo, um caderninho onde você pode organizar suas informações, insights, listas e anotações em geral. O que Ryder Carroll fez foi criar um método para explicar o que é interessante de ter nesse caderno trazendo uma ideia autêntica para quem pretende se organizar no papel e a esse método foi dado o nome de Bullet Journal, sacou?
Amo minhas ferramentas digitais, mas existem algumas coisas que elas não me permitem fazer. Por mais que eu tenha criado templates fofos no Evernote para organizar meus planejamentos, eu sempre me via recorrendo a post its e folhas sulfite quando precisava pensar no plano da semana, no planejamento do ano ou no meu menu semanal. Eu gosto de escrever planos no papel porque quando vejo as palavras saindo de um movimento que faço da caneta em uma folha branca me dá tesão! É no papel que a mágica acontece pra mim, é quando eu entendo o que realmente aprendi, o que realmente quero. É quando a meta se torna real. Mas toda vez que eu fazia um plano e jogava o papel fora, me ficava aquele buraco no peito. Não pela falta do papel (eu mesma odeio papelada desnecessária), mas pela falta da criação que eu tinha feito no papel. Para mim, meus planejamentos e minhas anotações são arte. E eu entendi que estava jogando minhas obras fora. Ou passando elas a limpo numa tela que elas não mereciam morar.
Claramente o que eu faço melhor da vida é coletar notas. Eu sempre gostei de escrever, sempre fui a louca da papelaria que quer levar todas as canetas mesmo sem ter no que usar, eu gosto do barulho que o lápis faz no papel. Lembro que quando eu era criança uma das coisas que mais me dava orgulho e satisfação era mostrar os meus cadernos para todos. Lindos, organizados, encapados, com bordinha e cabeçalhos impecáveis.
Ao longo do tempo eu fui deixando de lado os meus cadernos. Até os 20 anos (antes da minha depressão) eu escrevia todos os dias em um diário. O costume foi morrendo aos pouquinhos. Comecei a levar meu computador pra universidade e anotar as coisas digitando. Eu não havia percebido isso, mas hoje entendo o quanto esse processo interferiu no meu aprendizado. Mais do que isso: congelou um super canal de criatividade que eu tenho.
Por que eu voltei a me organizar no papel então? Para voltar a brincar com minha criatividade. Para usar minhas canetinhas, para colocar bordas e fazer cabeçalhos, para encapar e voltar a ter prazer fazendo colagem. Para valorizar meus planejamentos como arte, que é o que eu acredito que eles são. E para curtir mais ainda meus momentos com eles, que agora são criados e armazenados onde eles gostam de estar. É onde eu posso enxergar minha criatividade todo dia em forma de organização. Quer casamento mais lindo? 💛
Bem, agora que eu já te contei porque o Bullet entrou na minha vida, vou te mostrar o que você deve saber para começar também a se organizar com esse método e exercitar a sua criatividade no caminho.
O que é necessário para fazer um Bullet Journal?
Para que usar o Bullet Journal?
É preciso saber desenhar para usar o método?
O que é importante ter no Bullet?
O Bullet Journal tem algumas sessões, sugeridas pelo criador do método. Essas sessões são:
O que mais dá pra inserir no Bullet?
No meu Pinterest você vai encontrar uma pasta cheia de referências, que está sendo alimentada constantemente agora que estou começando a usar o Bullet também.
Em um próximo post vou explicar como estou fazendo a inserção dessa técnica no meu sistema de organização como um todo, junto com o Todoist e Evernote, porque hoje o papo já tá longo, né?
Neste site você irá encontrar informações detalhadas sobre o método e também o blog onde poderá acompanhar como outras pessoas (inclusive o autor) se organizam usando Bullet Journal.
Para ver como estou usando o método, basta me seguir no Instagram, estou concentrando as postagens sobre este assunto por lá. Você gostou da ideia do Bullet? Já usa o método? Me conta nos comentários!