15 de dezembro de 2020
A síndrome de Burnout já atinge 20 milhões de brasileiros. Para onde a cultura do excesso de trabalho pode nos levar?
Vivemos em uma cultura de trabalho acelerada, onde o padrão é querer mais, encaixar mais, ir mais rápido, mais longe, atingir mais pessoas, em menos tempo, com menos recursos, com mais pressa. É preciso somar a essa conta o fato que em 2020 o trabalho remoto virou uma realidade para muitos trabalhadores e que este tipo de trabalho pede uma cultura de valorização de pessoas, flexibilidade e organização.
Essa mudança na cultura, pessoal e organizacional, nem sempre acontece. Muitos profissionais estão em casa trabalhando mais, de maneira desequilibrada, desorganizada e claro, sentindo a sobrecarga pesar nos ombros.
As mães estão no limite! Com a pandemia a situação de vida de muitas mulheres mudou completamente. Com crianças em casa, sem emprego/serviço e sem rede de apoio, essas mulheres estão exaustas e com sintomas de ansiedade, depressão e até mesmo pensamentos suicidas.
A pandemia mexeu com todas as nossas estruturas e a proposta de mudança que bate a nossa porta questiona o padrão de sobrecarga e consumismo que já é tão consolidado. Nós não voltaremos ao que era antes, precisamos criar novos padrões e para isso precisamos de novas informações e experiências.
Quantas horas você trabalha por semana? Trinta? Quarenta? Sessenta? Durante a pandemia o dia de trabalho de muita gente ficou 48 minutos mais longo e com mais reuniões.
Será que é possível equilibrar o tempo de trabalho com todas as áreas da vida, e ainda assim não ter impactos negativos, a partir de maior aproveitamento dos nossos recursos (tempo, energia, atenção, dinheiro, espaços físicos e digitais)? É isso que o movimento #4dayworkweek propõe.
O trabalho é uma transação de energia e tudo que aconteceu em 2020 causou traumas no trabalho, nas relações e na economia. O trabalho flexível e a diminuição da carga horária são caminhos que proporcionam mais espaço, tempo e energia para as pessoas. Para que isso aconteça é fundamental o entendimento que não estamos no mesmo tempo e espaço. Precisamos do suporte organizacional que possibilite o acesso à informação e melhor aproveitamento dos recursos e isso pressupõe alguns novos paradigmas como:
O Movimento #4dayworkweek não é ainda uma realidade em maioria, mas apresenta uma proposta de mudança que considera clientes como aliados, comunicação aberta e inteligente, respeito aos tempos e espaços e evolução contínua.
Organizações que testaram a semana de 4 dias observaram benefícios como:
A aplicação dessa proposta acontece a partir da identificação dos cenários e possíveis problemas. A partir disso se propõe experimentos e testes que são feitos para acompanhar o desenvolvimento do projeto. Esses testes variam de acordo com a natureza dos negócios. No Livro Trabalhe Menos Ganhe Igual, o autor Alex Soojung Pang entrevista mais de 100 empresas que seguiram o fluxo de trabalho reduzido para aumentar o bem estar e produtividade.
Em Dezembro de 2020 realizei uma aula bem bacana com a galera do movimento #BeOfficeless sobre a semana de trabalho de 4 dias e como isso foi possível na minha realidade. Para ouvir mais sobre essa experiência, dá uma chegada aqui no canal da Officeless e aperta o play:
Quer aprender mais sobre sistemas que auxiliam no trabalho?