4 de fevereiro de 2021
Aquariana que sou, mudo muito. Mudo ideias. Crio experiências. Me aventuro em novas jornadas. Busco caminhar com novas pessoas comigo. E tenho visualizado muito minha Jornada nessa imagem de trilhas mesmo, com montanhas, subidas, descidas, arranhões e visões diferentes na memória.
Sei que para toda trilha é preciso preparação. Sou acostumada com isso, mudanças não me assustam, só me fazem ser mais organizada.
Gosto muito de fazer trilhas, mas desde que cheguei no Brasil não fiz as trilhas por perto na Chapada e pouco circulei pela minha cidade. Me sinto voltando de uma Jornada, depois de 8 anos fora de Brasília. A mudança é nas relações, nos ambientes e no mais imediato da vida. Vai da louça de cada dia à descoberta de morar pela primeira vez só. Contei um pouco mais sobre o motivo da mudança lá no Youtube.
2020 me deu muitos tapas na cara. Já tinha iniciado um processo de mudança antes da pandemia e depois da separação percebi que a caminhada de mudança seria longa. Voltei ao meu país e percebi o quanto a caminhada anterior me mudou por dentro e por fora. Encarar a cidade natal com a bagagem atual foi interessante. Mudei em estilo, em ideias, em experiências. Minha forma de organizar mudou. E mudei meu trabalho com o tempo. Nesse ano pretendo mudar ainda mais: mudar cursos, criar novas formas de aprendizado junto a comunidade, conteúdos aplicados aos contextos que vivemos.
Tenho o norte agora para a realização de trabalho com permissão. Sei que, junto a minha equipe, vem bastante trabalho pela frente e que chegaremos, no nosso destino, com saúde. E continuaremos trilhando novos caminhos.
Por anos, falo de organização. Ensino isso de diferentes formas. Estudo, pesquiso e vivo na prática a organização e sei como isso afeta quem está ao meu redor.
Levei anos para entender que organização é um processo diário. Não existe fim. O que existe é uma consciência que nos ajuda a viver de forma mais equilibrada. E que não existe equilíbrio sem ter o que é essencial.
Tudo começa com a decisão de se conectar ao essencial.
No início de 2017, comecei a desenvolver minha própria metodologia de organização, baseada em muitos estudos, observações, atendimentos e análises pessoais e empresariais. Afinal, conheci rotinas de pessoas diferentes, dei centenas de consultorias e fui aprendendo com cada pessoa que cruzou o meu caminho. Eu já tinha criado a teoria dos 6 Ps, que é um caminho que envolve um olhar de dentro pra fora, buscando propósito, entendendo prioridades, realizando planejamentos, praticando no dia a dia, persistindo no processo e se permitindo no caminho.
Desde o ano passado estou trabalhando em um novo modelo da Jornada de Organização. Aos poucos, irei trazendo mais clareza sobre ele. Estou construindo e evoluindo em todo esse processo metodológico com a ajuda da @salaoficial, uma empresa de facilitações de aprendizagem e estou muito orgulhosa do caminho que encontramos para a Jornada. A Leila Girassol é aluna do Laboratório de Produtividade e junto a ela, tenho vivido uma jornada de aprender, reaprender e desaprender no caminho da Jornada.
A Jornada de Organização é um percurso de autoconhecimento e ação sobre objetivos e propósito de vida, que acontece por meio do pensamento do essencialismo, dos reconhecimentos sobre os ciclos da natureza, os quais levam ao desenvolvimento do mindset de organização e de práticas de (re)conexão com o eu, com o outro e com o digital.
O mundo não vai parar de chamar sua atenção. É você que precisa aprender a desacelerar!
A mudança é a constante do mundo. E com o tanto de tecnologia digital que temos, mudança ganhou outra dimensão em velocidade e agilidade. Isso muda completamente a forma que vivemos, como trabalhamos e como nos relacionamos com outras pessoas na nossa vida.
Agora pensa cá comigo: se tá tudo mudando e tão rapidamente, é por isso que a gente se sente também querendo ser mais rápidos, mais imediatos? O mundo está rápido então também devo ser?
Com 18 fps em preto e branco, Chaplin nos lembrava que não éramos máquinas e sim seres humanos! Vale recuperar essa memória e aplicar hoje né, não?
Nasci no final dos anos 80, acho que isso me ajudou a não perder a pegada disco dança da vida. Fui entendendo o mundo nos anos 90 com MTV, então coisas psicodélicas non sense não me assustam. Adolescente nos anos 2000, entendi como ser híbrida, estar online e estar presente. Aos 34, entendo que por mais que as tecnologias tenham acelerado o mundo e a mim mesma, sou humana. Sou parte da natureza, tenho meus momentos, preciso descansar para continuar evoluindo.
Buscar conexão, autoconhecimento e harmonia nesse cenário social que vivemos se torna cada dia mais indispensável porque não dá pra ignorar os impactos dessa velocidade toda na nossa vida. Nem o quanto isso está conectado com a forma que consumimos, extraímos e distribuímos os recursos da natureza e da humanidade. O mundo pode ser V.U.C.A, mas a vida pode ser leve.
Acredito que essa leveza esteja muito conectada com os ritmos da natureza. Somos natureza e trabalhamos em ciclos. São estes ciclos que nos levam a evolução como espécie a cada vez que reiniciamos a jornada. Não dá para fazer saltos exponenciais durante a caminhada da natureza, é preciso percorrê-la no seu ritmo.
Ando falando muito sobre isso ultimamente: a ordem natural das coisas. Rolou até podcast sobre o tema. Segue a letra:
A organização entra na equação da harmonia de vida simples e convivência com os impactos do mundo acelerado porque ter uma vida mais tranquila não isenta os problemas que podem acontecer, mas permite ter menos dúvidas, menos perturbações, mais recurso e mais espaço para agir quando os impactos da velocidade do mundo invadir o contexto.
A organização é uma jornada de descoberta do que é essencial, a compreensão dos ciclos naturais, os quais geram uma (re)conexão com o eu, com o outro e com o tempo, a organização envolve também a gestão dos próprios recursos, de acordo com o contexto de cada pessoa, de forma que leva ao desenvolvimento de um modelo mental direcionado à uma organização autêntica, significativa e que permite um senso de pertencimento.
Nossa missão na Jornada é facilitar a construção de comunidades mais harmônicas e essencialistas que valorizam os principais recursos da humanidade.
Meu interesse é em uma organização humanizada que conecta as pessoas ao que realmente importa pra elas. Por isso, as diretrizes que guiam a Jornada da Organização são direcionadas para autoconhecimento e ação das práticas organizacionais.
Se organizar é uma caminhada que te acompanha pela vida. E na Jornada nós trilhamos:
Temos o compromisso com jornadas de organização que valorizam o movimento centrado no ser humano integrado à natureza. Valorizam disciplina como caminho para liberdade. Valorizam atitudes autênticas. Valorizam pessoas e seus tempos de ser. Valorizam o simples e o essencial.
Estou animada com o que está por vir e como poderemos estar juntos nessas diferentes trilhas ao longo dos próximos meses. Seguirei em caminhada e contando do trajeto por aqui.
Participe da Jornada de Organização e viva suas mudanças de maneira equilibrada.