24 de março de 2021
Estou conseguindo retornar a um estado de maior satisfação em relação ao tempo passado nas redes sociais. Comentei recentemente aqui no blog sobre as estratégias que estou seguindo para passar menos tempo em frente a telas, né?
Voltei para o Brasil em Novembro de 2020 e de lá pra cá muitas mudanças já aconteceram. O divórcio saiu há poucos dias e a essa altura do campeonato sinto minha vida andando de outra maneira. O processo de término de um casamento envolve uma série de mudanças em estruturas. Mexe com o tempo, com os recursos financeiros, com a energia e disposição, com a adequação em novos espaços e também com a forma de se relacionar com as atividades e as pessoas.
Aprendi, dentro do casamento, a me relacionar com outro ser em outro ritmo e a perceber que aquilo que muitas vezes me incomodava, também morava dentro de mim. A pressa e a calmaria moravam no mesmo teto e dividiam atividades diárias. Aprendi com essa relação a entender e respeitar ritmos.
Foi em relação com meu ex marido que iniciei meu processo de Jornada de Organização e Conexão com o Essencial. Escrevi um livro sobre esse processo e me lembro com carinho de quem me deu a mão nessa caminhada. Esse livro foi como um filho nascido dessa relação. Fico feliz que tenhamos páginas que registram não apenas o meu aprendizado, mas também o amor envolvido.
Quando retornei ao Brasil nesse último novembro, meu comportamento digital simplesmente mudou. Passei a ficar muito mais tempo online e enxerguei isso de maneira bem tranquila, pois tinha consciência de que as conexões da minha vida estavam passando por grandes transformações.
Seres humanos são seres que se relacionam. Precisamos uns dos outros e queremos estar perto, abraçar, trocar, cheirar, transar, conversar, sentir, aglomerar. Tenho certeza que você percebe o lugar prioritário que isso ocupa em nossas vidas, principalmente depois de um ano em pandemia.
Tudo isso que estamos vivendo coletivamente coloca uma lente de aumento nas nossas relações. Desde o início da pandemia eu levei muitos questionamentos sobre minhas relações pro divã terapêutico e acredito que o furacão que passou pela minha vida no último ano só me deixou com mais desejo de aprender em cada relação e sobre as relações. Sinto o desenvolvimento em minha inteligência relacional, apesar das dores e dificuldades.
De 2020 pra cá as conexões ficaram mais ainda em redes sociais digitais. Você se sente cansado? Pois eu arrisco dizer que as redes já te deixavam assim bem antes da pandemia. Agora estamos simplesmente ESTAFADOS. Facebook, Instagram, Twitter, Linkedin, ClubHouse, Whatsapp, TikTok, Telegram: ambientes de troca abertos o dia inteiro e a busca pela conexão que fica ainda pendente do cheiro e do tato.
No Brasil, adiciona-se ao cansaço coletivo uma pitada de desespero ao ver o descaso com a saúde e a irresponsabilidade dos governantes em plena pandemia. Não sei as suas redes, mas as minhas aparecem constantemente alimentadas de indignação. É o lugar que temos pra xingar, botar pra fora, achar aliados. Manter-se informado é um constante soco na barriga. A gente que lute…
Saber dosar é importante, no entanto. As redes podem nos conectar, assim como nos alienar. Podem nos fazer sorrir ou podem abrir portas para gatilhos diversos. As pessoas que gostamos e queremos nos conectar estão sim nas redes sociais, mas é ao sair delas que experienciamos mais tempo em atividades que nos conectam diretamente com outras pessoas e realizações. E também com conhecimento aprofundado, em pesquisas, leituras e trocas.
Ficar menos tempo em frente as telas me parece uma excelente forma de auto cuidado, conexão com o essencial e aprofundamento. É uma forma de aliviar a mente, sentir o tédio, coçar o pé, pensar na vida, criar novas conexões, estar em relações.
Então, como fazer para lidar com redes sociais digitais de maneira essencialista? Venho pensando sobre isso nas últimas semanas e compartilho a seguir algumas considerações.
Cal Newport, no livro Minimalismo Digital, apresenta uma definição muito interessante que faz bastante sentido pra mim. Ele diz que o minimalismo digital é uma “filosofia que ajuda você a questionar como as ferramentas de comunicação digital e todos os comportamentos e hábitos que envolvem essas ferramentas no dia a dia que a gente usa pra trabalho e tudo mais, agregam valor a nossa vida”.
O Cal Newport fala isso porque existe muito ruído digital e esse ruído digital não necessariamente agrega valor ao nosso dia a dia. Precisamos usar tecnologia de maneira intencional e usar essas ferramentas pra otimizar o cotidiano e melhorar a nossa vida e não apenas pra perder tempo ou alimentar algoritmo.
Minimalismo Digital é olhar pra tecnologia com mais propósito, é acessar menos informações mas obter muito valor vindo delas para ganhar tempo para o resto.
Distrações que chegam pelas redes sociais como Instagram ou YouTube podem tirar muito da sua atenção. O minimalismo digital é um olhar de criação de espaços no mundo digital, ou seja, ficar só com o que é essencial no mundo digital para ter tempo de cuidar das coisas importantes que estão fora da tela.
O Minimalismo Digital é um caminho para encontrarmos o que é essencial nas redes sociais porque nos ajuda a questionar as ferramentas de comunicação digital e o que de fato agrega valor nesse mundo digital.
Tecnologia e mudança andam de mãos dadas e à medida que as tecnologias foram avançando nos últimos anos, fomos ficando cada vez mais conectados. Ao longo da história tivemos muitas mudanças em torno da tecnologia e essas mudanças acabaram influenciando os comportamentos das pessoas. Em menos de 150 anos os seres humanos mudaram de pombo correio para telefone, depois para aparelho inteligente ao redor do pulso, aparelhos eletrônicos que alteraram completamente a natureza da comunicação e até mesmo o formato das nossas vidas.
Nós estamos tão conectados hoje porque a gente sente esse impacto. Tivemos várias mídias que impactaram a essência da humanidade, a cultura oral por exemplo, os manuscritos. Ou ainda, a cultura impressa e a eletrônica. E agora depois de um ano em pandemia a gente percebe como tecnologia ocupa uma parte gigantesca da nossa vida. A vacina foi criada em menos de um ano! É incrível o poder da tecnologia aliada à ciência.
Em 2007 o fundador da Apple, o Steve Jobs, anunciou uma nova revolução – o novo iPhone, que foi o primeiro aparelho móvel a usar uma interface que era multi touch, que tinha música, telefone e acesso a internet. Foi ovacionado por todo mundo! Jobs citou em discurso histórico “hoje a Apple vai reinventar o telefone”. Conseguiu. O danado do smartphone com suas estruturas de apps, ganhou espaço de destaque em nossas vidas.
Os iPhones foram lançados nos mercados, com todos os recursos de um laptop, navegação na web, wi-fi, além de aplicativos, acessórios diversos com inúmeras possibilidades e funções. Olhe onde estamos hoje depois disso. Eu já me senti várias vezes em um episódio de Black Mirror. Principalmente aquele da menina feliz buscando likes em rede social e se acabando na lama no casamento da outra. Risos nervosos.
Às vezes a gente nem se dá conta de como essas tecnologias impactam a vida. Aprendemos a estar em redes sociais digitais e ficamos, por motivos diferentes. Alguns puramente práticos e outros que estão fincados no nosso subconsciente. Alguns motivos estão intimamente ligados às nossas emoções, tanto que dizer para as pessoas ficarem sem os aparelhos é o mesmo que dizer pra elas se afastarem de um relacionamento abusivo muitas vezes. Estamos conectados e estamos sentindo os efeitos da conexão e das mudanças tecnológicas o tempo todo. A questão é o que fazemos a partir disso.
Você sabe quando está passando muito tempo conectado. Eu sei que sabe. Você percebe quando passa mais tempo no smartphone, ou naquele app que mais te suga do que te entrega algo. Sabe quando você perde a noção do tempo por se ver rolando feed ou revendo seus stories pela décima vez? Falei dez vezes porque estou sendo gentil. Eu sei que pode ser mais. Assim como o modo multitarefa de ler mensagem, responder mensagem, twittar, ver série, comer, tudo ao mesmo tempo agora. Esses comportamentos contam uma história!
Dá pra sentir quando estamos passando muito tempo conectados, mas não é simples entender o porquê disso acontecer. Para ter uma ideia do uso do seu tempo online, é preciso entender o que você está fazendo online, certo? Entender para onde está direcionando o seu tempo. Passar duas horas no Instagram por exemplo pode parecer muito. Mas para uma pessoa que trabalha com produção de conteúdo, faz lives, responde comentários e grava stories isso faz parte do fluxo de trabalho. Se isso é essencial em seu processo, só ela pode dizer.
Ao sentir que está passando muito tempo online e em redes sociais, comece a se questionar os porquês. Isso muda de tempos em tempos. E aí questione-se qual é o valor dessa conexão. O esquema é identificar o valor das coisas que estão online. Passar tempo para mim no Whatsapp falando com um amigo que mora longe é muito valoroso, por isso não me assusto mais com o tempo de Whatsapp, porque sei exatamente o que estava recebendo nesse tempo.
Ah! Vale lembrar que separar WhatsApp Pessoal do WhatsApp Comercial é TUDO NA VIDA! Minha experiência agora é de estar mais conectada com amigos que moram longe, na Califórnia, via redes sociais e WhatsApp, enquanto a conexão com pessoas mais próximas de mim em Brasília, também aumentou nessas redes, já que continuamos em pandemia e praticando distanciamento físico. Percebo que redes como o Instagram, WhatsApp e YouTube são bem conectadas com o que eu faço e agregam valor ao meu dia. Enquanto escrevo esse texto estou fora do Twitter há uns 21 dias. Tava me dando ansiedade acompanhar algumas coisas por lá e o que eu estava acompanhando não estava lá me agregando muito, então estou dando um tempo.
Redes Sociais não vão deixar de fazer parte da nossa vida. Telas pretas estão a todo redor. Muitas pessoas tem um desejo forte de estarem menos envolvidas com o smartphone mas continuam dormindo com ele ao lado. Usar as redes de maneira essencialista é ter essa consciência de que estamos todos muito conectados e que podemos acessar conexões e conhecimento para estar online em nível de contribuição, troca, crescimento, diversidade e transformação. Para que isso aconteça é preciso fazer melhores escolhas online.
Já foram muitos campos de aprendizado em rede nessa internet, então eu aproveito o que eu posso. Sei que sou privilegiada por vivenciar mudanças junto com a internet e por consequência, redes sociais. Sou privilegiada por poder escolher como e quando estar online. Busco olhar pra isso com responsabilidade e disciplina combinados ao estilo de vida que construí pra mim.
Temos escolas no Brasil sem acesso à tecnologia e ao digital. Não são todas as pessoas que têm acesso a essa linguagem. Estar fora por escolha é uma coisa. Estar fora porque não tem acesso é outra.
Quando você está viajando e fica sem sinal no celular mas precisa achar um posto de gasolina, o que você faz? Como primeira alternativa, imagino que muitos surtem. Eu já fui uma dessas. Tinha pânico de pedir informação na rua porque poderia achar tudo a um Google de distância. Mas quando o Google não tá funcionando o melhor é parar e pedir informação, não é? Se relacionar com outro ser humano. O Google pode ser mais simples, mais rápido e em um momento de necessidade, uma mão na roda.
Sabemos o valor de ter Wi Fi disponível porque nos acostumamos com as conveniências e aprendemos a lidar com as coisas de um jeito. Porém, existem outras formas. É quando estamos offline que notamos as preciosidades (e calafrios) presentes no momento e isso nos dá maior clareza do que realmente importa online.
Em uma edição de 2017, a Associação Americana de Psicologia publicou que dois terços dos adultos americanos concordam que se desconectar periodicamente ou fazer um detox digital pode ser útil pra saúde mental, mas ainda assim nem um quarto dessas pessoas realmente fazem isso. Eu acho esse dado muito interessante porque a gente usa tecnologias e está em redes por motivos diferentes, alguns que são práticos, outros que ficam no nosso subconsciente em hábitos que já estão no nosso dia a dia, como acordar e pegar o celular. Alguns motivos estão ligados às nossas emoções, a ansiedade, o medo, o medo de ficar por fora, de dizer pra algumas pessoas alguns limites.
Reconhecer nossas emoções por trás do uso das redes sociais também abre mundos de análise. Quanto mais percebemos nossas interações e como nos sentimos em relação a isso, mais consciente ficamos do tempo, da atenção e do valor depositado naquilo. Se você começou a se questionar se vale a pena, algo está mudando.
Práticas contemplativas são necessárias. Praticar meditação, ficar na natureza, brincar com um pet, podemos fazer isso sem o celular. Tá, você pode registrar a foto e postar na sua rede social depois. Essa pode ser até uma forma de expressar sua gratidão pelo momento vivido offline. Essas práticas estão intimamente ligadas ao descanso, porque colocam você para parar e estar na velocidade da natureza, que é diferente da velocidade da rede.
No vídeo abaixo eu comento sobre como realizo um design de descanso na minha rotina:
Tempo e atenção são os recursos que essa economia da atenção e vigilância está pegando. Taí o filme O Dilema das Redes, que popularizou o tema. Para aprender a estar online novamente, uma quebra deve existir. Estar em rede para agradar algoritmo e comprar é um modo não sustentável de estar online. Esse modo cansa, gasta e estafa.
Temos ainda uma longa caminhada para garantir redes mais democráticas, mas acredito que enquanto indivíduos, podemos nos organizar para reservar mais períodos offline, de interações com outras pessoas sem telas envolvidas, de encontro com o corpo, a mente e o espírito. Sigo em caminhada junto àqueles que estão passando por esse processo continuamente no meio do turbilhão do nosso mundo acelerado.
A pandemia reforçou pra gente que os lugares de comunicação e troca mudaram e continuam mudando. Estar em redes sociais de maneira essencialista é olhar também pro tempo do outro e como essa troca é feita de maneira benéfica para todos os envolvidos. É avaliar de tempos em tempos o que agrega valor.
Aprendemos a estar online, mas a internet mudou e nós estamos mudando constantemente. O que é realmente valoroso? Para saber, desaprenda a estar online. Dê um tempo, saia, esqueça o celular, apague o Instagram do celular no final de semana (faço isso e recomendo!), use redes sociais apenas no browser, enfim… desaprenda a estar online para reaprender a estar online conectado ao essencial.
Para muitas pessoas estar nas redes sociais é estar envolvido com a audiência da sua marca, clientes e rede de contatos. Então mesmo com o desejo de estar mais offline não dá pra chutar o balde e desaparecer por dias. Aparecem alguns receios só de pensar em sair. Abrindo algumas aspas, como:
Tudo isso (e mais um pouco) também se passava pela minha cabeça. O que percebi depois de um tempo produzindo de acordo com minha capacidade/recursos e preservando os meus espaços de descanso e silêncios online é que o faturamento da minha empresa continua bem. As pessoas continuam me achando, continuam recebendo respostas. Os produtos continuam vendendo.
O que eu quero dizer é que você não precisa largar tudo e ficar sem rede social. Se o seu trabalho precisa da sua presença nas redes sociais, o que você precisa é ter claro o que você faz lá dentro para o trabalho. E como se desconectar disso quando for a hora.
Eu preciso das redes sociais para trabalhar, então pra não ficar presa as redes sociais e ver meu tempo sendo sugado, eu faço algumas coisinhas que ajudam:
O interessante de estarmos online nas redes sociais para o nosso trabalho é que abrimos um espaço enorme para trocas e para conhecer nossa comunidade. Usar as redes de maneira essencialista no trabalho é abrir espaço para se conectar com quem faz sentido, respeitando seus tempos e seus espaços.
Se você sente que o seu trabalho está muito conectado às redes sociais e que ficar off prejudicará o bom andamento do que você faz, é hora de rever estruturas do seu trabalho. As redes sociais são grandes vitrines e abrem portas pra conexão, é verdade. Mas não é a única forma de mostrar o seu trabalho, reforçar o seu posicionamento ou ganhar reconhecimento.
Desde o ano passado o número de seguidores que me acompanham nas redes sociais mudou. No Instagram, que é onde está a maior audiência dos meus canais, já chegou a me bater um desânimo forte.
O que acontece é que o Instagram não mostra o conteúdo pra todo mundo e mesmo que eu fique super animada com a produção, confesso que me bate uma confusão mental quando rola uma sanfona no número de seguidores. É claro que isso tem a ver com o meu posicionamento que vem mudando desde 2018. Estou mais offline e realizando meu trabalho mais em backstage, principalmente nesse ano de pandemia onde o tempo de tela aumentou consideravelmente. Tem a ver também com o fato de não impulsionar e colocar publicidade paga nas redes sociais. Essa foi uma decisão que adotei em 2020 para o meu negócio e impactou bastante na forma que o conteúdo é visto nas redes.
Desde a separação e volta pro Brasil eu fiquei mais online para relações e produzi menos conteúdo para as redes de trabalho. Tirei férias, passei por uma fase de menos postagens. Voltei em 2021 com a programação e o que percebi é que quem está interessado simplesmente fica e continua interagindo.
As pessoas ficam a nível de escolha e vão embora a nível de escolha. Elas interagem a nível de escolha e se calam a nível de escolha também. Isso tem uma ligação bem forte com as experiências de vida e relações que estou passando agora.
Conversei com a galera da Little Monster, empresa de produção de conteúdo que está comigo desde 2017, sobre esse assunto e eles (que me conhecem bem) trouxeram alguns pontos interessantes:
“O Instagram está fazendo uma limpeza geral de perfis fakes, tirando aqueles perfis robôs e inativos. Muitos influenciadores notam a queda no número dos seguidores por conta dessa limpeza geral. Esses perfis eram aqueles que estavam fazendo fake news na época das eleições dos EUA e agora sobre vacina. Esse tipo de limpeza é boa. Tem muito perfil fake que usa automações e o engajamento é muito melhor quando a lista tem menos perfis assim.”
“Os números podem até ser importantes para alguns, mas honestamente não acredito que seja algo relevante para o público que trabalhamos. As pessoas que engajam e interagem e compram os cursos, são as pessoas que curtem o conteúdo, curtem você e enxergam valor no que você está colocando no mundo. Elas não se importam com número de seguidores.”
“O que acontece com o Instagram é que nós, que consumimos e produzimos, estamos exaustos da rede. Ela ficou cansativa e limitada para se trabalhar porque a entrega é muito baixa. Estamos desestimulados. Mas nosso papel é de produtor e isso tem um peso maior. Todos aqui consomem o Instagram em um nível diferente porque trabalhamos com essa rede. Pra gente, tá meio chato ficar por lá. Acho que a rede vai perder força em 2021? Acho! Mas não morrerá por hora, porque está bem consolidada. Contudo, se continuar com a entrega baixa para quem se recusa fazer anúncios, aí sim, tende a se perder. O grande lance do Instagram, que percebi, é que as contas que crescem são as que estão constantemente investindo em anúncios e muita volumetria.”
“O segredo é entender que as redes são cíclicas e, enquanto a rede for uma base, fazer um trabalho que seja bacana pra sua comunidade é a prioridade.”
“Se o objetivo é ter seguidores talvez o caminho seja um marketing mais agressivo. É uma opção que dá resultados sim. No final das contas, são escolhas. É preciso pensar com carinho.”
Assim como muitas pessoas que estão online eu também sinto um esgotamento e vulnerabilidade às redes. A abordagem de publicidades e a questão da disponibilidade é algo que me desce mal, na verdade eu mal consigo engolir. No caso da GB Produção e da minha marca pessoal, percebo que as pessoas que estão acompanhando o conteúdo buscam um senso de comunidade, pertencimento. É interessante ver que o conteúdo abordado fala sobre filtro, escolhas, colaboração, como acontece em comunidade.
Se eu fico offline perco seguidores? Possivelmente sim. Mas o número não é o mais importante. O que importa é se as pessoas se importam, se interagem, salvam seu conteúdo, compartilham com outras pessoas, vão atrás de saber mais, conhecer mais sobre produtos, enfim. A meta é conectar com quem está do outro lado. Isso é o essencial.
Quis passar nesse texto alguns dos pensamentos e das estratégias aprendidos na Jornada de Organização, sob o pilar de (Re)Conexão sobre como estamos usando redes sociais. Sei que muitas das minhas confusões e experiências serão compreendidas aqui por quem me lê e espero que seja uma porta para reflexão também. As redes sociais ocupam um grande espaço no nosso dia, basta olhar o tempo de uso do seu celular pra ver.
Esse tempo nas redes nos leva a nossa maior contribuição? Se a resposta for não, cabe a gente voltar algumas casas e rever o que é essencial.