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Gabriela Brasil

25 de junho de 2020

As diferentes faces do minimalismo

Minimalismo tem a ver com poder de escolha, consumo e abertura de espaço para o que agrega valor. Muitas pessoas associam a filosofia com a privação de coisas, mas o minimalismo não é apenas sobre ter menos coisas ou propriedades e sim sobre abrir espaço para o que é importante na vida. Nesse post trago minha visão sobre algumas das diferentes faces do minimalismo.
 Essencial,  Minimalismo,  Produtividade Humanizada 
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Tenho visto muitos conteúdos novos sobre minimalismo aparecerem na internet nos últimos meses e tendo a acreditar que a quarentena colocou mesmo muitas pessoas em um lugar de busca pelo essencial e pelo que é importante. Alguns pela dificuldade de lidar com o excesso, outros pela necessidade de manter o mínimo viável para a vida seguir. 

A minha experiência com o minimalismo veio com uma abordagem de busca pelo essencial, por isso o essencialismo, na minha opinião, é uma forma de praticar o minimalismo. Essa é uma dúvida que recebo muito, aliás: qual é a diferença entre minimalismo e essencialismo? No meu entendimento, o essencialismo é uma corrente que se comunica com a filosofia minimalista. Há muitas formas de praticar essas abordagens, de acordo com suas aspirações e momentos de vida. 

Não sou muito fã de dar rótulos ou etiquetas às pessoas, mas acho importante fazer uma distinção porque cada pessoa tem uma intenção diferente ao buscar por um estilo de vida minimalista. Nesse post quero mostrar a você leitor como enxergo algumas das diferentes faces do minimalismo, pensando na prática mesmo.

O que é minimalismo?

Muitas pessoas associam o minimalismo com a privação de coisas, mas o minimalismo não é apenas sobre ter menos coisas ou propriedades e sim sobre abrir espaço para o que é realmente importante na vida. 

O estilo de vida minimalista baseia-se em mudança na forma de consumo, adquirindo e mantendo apenas o que é necessário para uma vida plena. Sendo assim, o minimalismo aborda questões de consumo.

Gosto de pensar no minimalismo então como uma série de práticas que ajudam a simplificar o estilo de vida e a consumir de maneira mais consciente, satisfatória e sustentável. E vale ressaltar que isso é uma escolha voluntária, que se difere da situação de quem vive com menos recursos ou em situação de pobreza, por exemplo.

Minimalismo tem a ver com poder de escolha, consumo e abertura de espaço para o que agrega valor.

Muitas vezes quando as pessoas escutam falar sobre minimalismo, acham que vão ter que vender tudo, abrir mão de tudo, viver lá no Tibet, com uma cadeira dentro de casa e dois copos, mas não é bem por aí. Não existe uma única maneira de praticar o minimalismo, não existe uma fórmula ou um único jeito de seguir a filosofia. Se para cada pessoa as prioridades (e recursos) variam, os valores podem ser encontrados em diferentes vias. Acho válido então considerar que o minimalismo pode ser adaptável à realidade de cada um. 

Um exemplo: Se uma pessoa tem um monte de livros porque gosta de livros, gosta de ter uma biblioteca em casa, não tem o menor problema se ela tiver vários livros, porque esses livros fazem bem e agregam valor na vida dessa pessoa.

Quando a gente abre espaço para as coisas, abre espaço no nosso armário, abre espaço na nossa agenda, abre espaço na nossa vida digital, a gente vai encontrando mais valor nas atividades e experiências cotidianas. 

Em uma rápida pesquisa na internet você vai notar que a aplicação mais “óbvia e aparente” do minimalismo é feita em espaços físicos: na casa, nas coisas, nos objetos. E a verdade é que quando começamos a aplicar o minimalismo nos espaços físicos vamos reduzindo mesmo o volume de coisas, mas o minimalismo não se resume a essa redução. Muitas pessoas acham que essa parte de destralhar, de eliminar, de descartar as coisas é a essência do minimalismo, enquanto esse é meramente um passo. 

Para abrir espaço temos que tirar algumas coisas da frente, então essa seleção é só o início do processo. O descarte é o que você está fazendo dentro da prática minimalista, não o porquê de estar realizando a prática. Cada vez que descartamos alguma coisa, seja para doar, seja para vender, seja pra jogar fora, a gente precisa se perguntar o porquê de estar fazendo isso.

Para cada coisa, é interessante se perguntar: 

  • Por que estou guardando esse objeto?
  • Qual o valor desse objeto na minha vida?
  • Ele terá mais valor para outra pessoa? 
  • Este consumo agrega algo em minha vida?

O que sempre coloquei no centro para prática minimalista foi essa busca por valor. A gente precisa achar esse porquê para que seja possível viver mais desapegado e conviver bem dentro dos espaços que vivemos e dos projetos que abraçamos.

Para quem vive em excesso, o minimalismo apresenta um caminho de redução e encontro com o essencial. Para quem vive com poucas condições, o minimalismo apresenta a ressignificação do essencial.

O espaço físico é uma das áreas que o minimalismo pode ser aplicado. Mas sua implementação também pode acontecer nos espaços digitais, já que a gente passa muito tempo dentro das telas, no celular, para comunicação, para nosso trabalho, etc.

Ao aplicar o minimalismo no ambiente digital podemos reduzir o impacto do imediatismo e da sobrecarga de trabalho no nosso dia a dia. O minimalismo permite negociar e encontrar valor nas redes sociais, no trabalho online, na comunicação online. 

Outra área que pode ser impactada são as finanças porque a prática minimalista leva à redução do consumo de supérfluos. Permite manutenção da grana e direcionamento das finanças para outras coisas. Muitas vezes você vai ver minimalistas que com seu dinheiro vão viajar, conseguem viver uma vida de nômade digital, carregando menos coisas, menos pesos. 

Acredito também que o minimalismo tem um grande impacto na nossa própria gestão do tempo e atenção, já que a prática vai levando a redução das atividades na agenda, a consciência do uso do tempo e das escolhas. Dessa forma, o volume de atividades passa a ser dedicado ao mais importante, diminuindo a sobrecarga. Por praticar uma linha minimalista-essencialista, estou constantemente me questionando sobre como estou usando o meu tempo, a que estou dedicando atenção e quais são as coisas que merecem minha energia e foco. 

Confira no YouTube a Série Minimalismo na Prática onde conto um pouco mais sobre minhas experiências de aplicação do minimalismo em áreas diversas da vida.

YouTube player

O minimalismo reflete a imagem do essencial

Sabendo que minimalismo é uma abordagem e que cada pessoa pode adotar da forma que se apresentar melhor em sua realidade, vamos a mais algumas considerações. 

Nos canais de YouTube da vida ou nos blogs por aí, você verá muitas experiências com o minimalismo de pessoas que chegaram a cargos muitos altos, possuíam muitos bens e muitas oportunidades, mas com a sobrecarga e o excesso passaram a se sentir distantes de suas essências e por isso optaram por um caminho de diminuição. Parece que o minimalismo é coisa de elite, de quem gastou e teve muito e percebeu que a felicidade vai além das coisas, porém a visão de encontro de valor pode ser aplicada em diferentes contextos sociais. 

O minimalismo é uma abordagem de estilo de vida, mas também uma forma de expressão, seja em artes visuais, na música, na arquitetura, na decoração, na literatura… Seja onde for, o reflexo do minimalismo mostra a imagem do essencial. 

Vou te dar um exemplo bem diferente. Eu gosto de música eletrônica, mais especificamente House Music. Uma das correntes do House que eu mais gosto é o minimalista. Geralmente as músicas de House que são minimalistas tem repetições de sons agudos e variações pequenas de batida. Quando eu escuto uma música assim, mais limpa, com poucas inteferências, eu me conecto imediatamente, porque percebo nessas músicas a essência de ritmo que eu gosto de ouvir. 

Essencial é tudo aquilo que realiza uma função crucial e fortalece a identidade do indivíduo. A busca por essa essência é portanto uma busca por identidade, habilidades (função) e presença. Por isso mesmo, enxergo o essencialismo em conexão com a abordagem minimalista. Menos é mais porque com menos excesso e barulho é possível nos conectarmos com o essencial e o abundante. 

Em uma sociedade capitalista, onde a imagem é colocada como o centro, onde carros e tecnologias são símbolos de status e poder, onde atenção e tempo são as moedas mais valiosas, as pessoas (independente de sua faixa etária ou posição social), podem ser impactadas pela lógica maximalista (mais é sempre mais!).

Quando o excesso ocupa o espaço do essencial, a prática para simplicidade é um caminho de mudança. Muitas pessoas fazem isso voluntariamente e o que acho importante de considerar é que o minimalismo não é um fim e sim um meio para essa conexão com o que mais importa na vida.

Para além das áreas habituais de aplicação do minimalismo como arte, arquitetura, desenho ou estilo pessoal, podemos enxergar a aplicabilidade em estilos de vida. 

Como disse anteriormente, não sou fã de rótulos e etiquetas em pessoas, mas como cada pessoa tem um estilo de vida diferente, intenções diferentes e projetos de vida diferentes, acredito que essa distinção das faces do minimalismo possa ajudar a determinar próximos passos para prática. 

Eu comecei a minha prática minimalista com o minimalismo digital e acabei levando (e continuo fazendo isso) para outras frentes. A partir do momento que a aplicação em uma área é feita, o reflexo do essencial aparece e com isso, enxergamos o que realmente traz valor ao dia a dia, ao trabalho, a vida. É um efeito dominó. 

A prática do minimalismo é um exercício da prática da escolha. Ser minimalista é exercitar esse poder de escolha o tempo todo.

É comum a associação do termo minimalismo com ter apenas o que é necessário e destralhar/eliminar as coisas que não servem mais, mas essa é uma visão de quem chegou ao excesso, apenas.

O olhar essencialista (que é o que me identifico) vai além dos objetos e posses, é sobre valores e ações. Não dá pra praticar minimalismo sem a valorização das coisas essenciais da vida: como um lugar para morar, roupas, comida, sono, conexões com as pessoas ao redor. Hábitos, comportamentos, decisões, tudo na vida corresponderá a essa valorização. 

Separei aqui algumas das faces conhecidas do minimalismo. Com qual você mais se identifica? 

  1. Minimalismo Estético: Este é o minimalismo tipicamente associado a arte, moda, design. Reconhecido pela paleta de cores simples (geralmente preto, branco e cinza) ou ainda listras e formas geométricas. Mostra a preferência por espaços e referências mais claras, com luz, muita abertura e que geralmente transmitem sentimento de limpeza, ordem e tranquilidade. 
  2. Mínimo Viável: Esta é a visão do mínimo viável para sobrevivência e manutenção das atividades diárias. O mínimo viável é considerado nas peças de roupas, no território de morada, nas atividades da agenda. A felicidade não está associada a quantidade, está associada a escolha.
  3. Essencialismo: Esta é a visão do uso do tempo e energia para  o que importa na vida. O essencialista está sempre se perguntando “essa é a coisa mais importante que eu deveria fazer com meu tempo e meus recursos neste momento?”. Para o essencialista, a felicidade está linkada a qualidade. 
  4. Eco Minimalismo ou Minimalismo Ambiental: Esta é a visão de aproveitamento e valorização dos recursos provindos na natureza. Eco minimalistas evitam processados, químicos, embalagens. Preferem o uso de orgânicos, fazem compras à granel e não usam cosméticos ou produtos de limpeza testados em animais. Essa linha de minimalismo tem uma conexão com o veganismo. 
  5. Minimalismo Experiencial: Valoriza as experiências e trocas. As compras são feitas para o que torna a vida simples. O ato de felicidade está conectado a experiências, seja viagens, passeios com a família, prestação de serviço voluntário. O vazio no peito é preenchido com experiências e não com coisas. O nomadismo digital tem muito a ver com essa face das experiências, podendo até ser chamado de nomadismo minimalista. 
  6. Minimalismo Digital: Segundo Cal Newport, o minimalismo digital é uma filosofia que ajuda você a questionar como as ferramentas de comunicação digital (e os comportamentos que envolvem essas ferramentas) agregam valor à sua vida. Ele é motivado pela crença de que eliminar ruído digital de baixo valor de maneira intencional e agressiva e otimizar o uso das ferramentas que realmente importam pode melhorar significativamente sua vida. Veja aqui 10 formas de aplicar o minimalismo digital.
  7. Minimalismo Espiritual: Esta face do minimalismo representa a valorização de espaços de contemplação, silêncio, respiro. A prática minimalista é voltada para cobertura das nossas necessidades como ser humano, então por ter menos coisas e estar cercado do que importa o desejo de reconhecimentos sociais extraordinários mudam e há mais espaço para o despertar da consciência e compaixão. Quanto menos conectados ao mundo capitalista e industrial, mais conectados estaremos a outras fontes de abundância. A espiritualidade tem muita conexão com a liberdade. A liberdade envolve falar, viver, experienciar, permitir e aproveitar também do som do silêncio e das vozes maiores a nós mesmos.  

A estrada de prática do minimalismo é uma estrada de experiências. Eu estou nela há 5 anos e considero que o meu estilo de vida tem uma pegada minimalista-essencialista para consumo e controle de tempo e atenção. Sigo a linha do experiencial e tenho atitudes eco minimalistas que espero ir aprimorando com o tempo. Também ensino e pratico minimalismo digital e acredito na linha espiritual, que é a que tenho focado nos últimos meses.

É nessa estrada de experiências que vivencio o desenvolvimento pessoal e a melhoria contínua.

Sigo no processo. 

Organizar é convidar o essencial pra entrar!

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