25 de março de 2016
Semana passada não foi uma semana fácil. Fiquei travada várias vezes em relação ao meu trabalho, procrastinei, adiei tarefas e me senti com a cabeça cheia a ponto de perder o sono alguns dias. No final de semana, sentei com o meu marido pra conversar e chorei copiosamente por horas.
Há uma coisa que eu considero super importante para uma vida de qualidade: ser complementamente honesto com os seus sentimentos. Depois de lidar com duas depressões e diversas mudanças na minha vida, aprendi que a pior coisa que posso fazer comigo mesma é esconder o que estou sentindo, pensando ou planejando. Essa semana tive que abrir mão de três projetos que estavam na minha lista para esse ano, inclusive uma viagem que eu estava organizando desde janeiro cercada de expectativas, mas que percebemos não ser a hora dela acontecer. Abrir mão desses projetos me deixou extremamente triste e sem energia, daquele jeito que a única vontade que dá é reclamar de tudo.
Mas reclamar nunca me levou a lugar algum. Planejar sim.
Por isso, ao me sentir triste, confusa e sem saber o que fazer depois que esses planos não estavam mais no radar, eu recorri ao que mais me acalma nessas horas: Listas!
Outro dia desses postei no Facebook algo sobre uma lista de contatos que estava fazendo e uma amiga comentou: relaxa, babe. Mal sabe ela que esta é a forma que eu relaxo. A grande verdade é que toda e qualquer lista já existe, na nossa cabeça, de algum jeito, pronta. A sacada é colocar essas listas no papel e refletir sobre o que fazer a partir delas.
Dada a minha situação, eu comecei a fazer listas sobre: Porque o adiamento desses projetos me deixou triste, o que eu poderia fazer para contornar a situação, quais seriam os próximos passos a serem dados, quais são os projetos que tenho em andamento que me deixam feliz. Fazer essas listas me permitiu olhar o meu planejamento com outros olhos e recalcular a rota a partir das informações encontradas.
A gente muda o tempo todo e as situações que vivemos também interferem nos planos que fazemos. A situação econômica do país interfere, emergências na família, aparecimento de novas oportunidades, adiamento de metas, exclusão de projetos, tudo isso pede um novo olhar sobre o planejamento. E planejamento, claro, não é pra ser congelado. Ele pode e vai sofrer alterações sim ao longo do tempo, porque o tempo não para, mudanças acontecem o tempo todo e muitas vezes o controle que a gente tem não é sobre as situações e sim sobre as nossas escolhas perante elas.
Resolvi trazer este assunto aqui hoje porque estamos na metade de março já. Quase 1/4 do ano já se passou. Semana passada nas redes sociais postei uma foto questionando as pessoas sobre as promessas feitas no início do ano. Quantas delas já saíram do papel?
Passados quase 3 meses de 2016, ao perceber que seus planos não estão indo conforme você gostaria, é hora também de recalcular a rota. Se questionar se os planos são reais, se você tomou as atitudes necessárias, se está investindo o seu tempo nas atividades certas, se os seus objetivos estão sendo atendidos.
Mas como fazer esse re-planejamento, Gabi? Vamos analisar tudo de uma forma bem prática agora.
O primeiro passo é pensar nos seus objetivos para o ano. Eles são coerentes? São as áreas de foco que você precisa e realmente quer aprimorar este ano? São muitos objetivos pra dar conta? O que você precisa dar total atenção nos próximos meses? Muitas vezes é preciso abandonar um objetivo muito importante para cuidar da excelência. Eu sei, às vezes pode ser bem dolorido. Mas você é um só, precisa ser compreensivo e sensato com as suas promessas.
Lembre-se: Onde tudo é prioridade, nada é.
Ao esclarecer quais objetivos merecem sua atenção, é fundamental esclarecer quais são os projetos relacionados a cada um deles. Por exemplo:
Objetivo: Fazer uma viagem internacional em 2016
Projetos Relacionados:
Perceba que eu não coloquei a viagem como um projeto e sim como um objetivo neste caso. Mas é claro que na rotina de alguém que viaja muito durante o ano, viagens podem entrar também como projetos. Neste exemplo usado, dividi a viagem em várias etapas, que chamei de projetos. Projeto nada mais é do que um conjunto de ações que nos levam a um resultado específico.
Compromissos, tarefas e projetos – Entenda a diferença assistindo o meu novo vídeo do Canal.
Ao colocar todos estes projetos no papel e estabelecer prazos, uma sensação de alívio imediato vai tomar conta de você. Por que isso acontecerá? Simplesmente porque você tirou tudo que estava na sua cabeça e traçou um plano de acordo com a realidade vigente. É fundamental fazer isso de tempos em tempos.
Por fim, recalcular a rota significa exercitar a paciência e a paz com você mesmo. Na nossa vida estamos negociando o tempo todo. Desde a hora que acordamos e decidimos se vamos levantar ou colocar o soneca pra 10 minutos, ou saber se vale a pena investir na entrada de um imóvel ou não. Fazemos isso diariamente, toda hora. E precisamos ser flexíveis com os nossos planos também.
Permita-se vez ou outra recalcular a rota e saber se você está indo no caminho certo. Com certeza isso vai te trazer mais tranquilidade e clareza, como traz frequentemente pra mim.
Dica da Gabi: Insira na sua agenda um compromisso com você mesmo para revisar como está indo o plano que você fez para o seu ano de 2016. Permita-se recalcular a rota.
Um beijo e até a próxima.