4 de maio de 2016
No último final de semana eu fui a uma típica festa aqui em Palo Alto, com beer pong, música e pessoas colocando a conversa em dia. Ou pelo menos assim estava no momento que cheguei. A medida que as pessoas foram indo embora, comecei a observar o comportamento dos convidados que continuavam por ali. Nenhuma surpresa. Todos com o seu celular em mãos. Surpreendentemente, uma das anfitriãs passou as exatas 5 horas que ficamos na festa com uma Long Neck e o seu iPhone 6 na mão direita, sem desgrudar. Curiosamente, ela não soltou e nem usou o celular nem por um minuto, mas lá estava o bendito preso em suas mãos, sem motivo algum.
Estou falando do exemplo de uma festa e de uma garota, mas não é preciso ir a um lugar específico pra notar o quanto que as pessoas estão super conectadas aos seus objetos tecnológicos o tempo inteiro. Isso acontece no ambiente de trabalho, na reunião de família, no bar com os amigos, no cinema.
O Pedro Burgos, autor do livro Conecte-se ao que importa, faz uma observação sobre isso. Segundo ele, “se passamos tanto tempo com objetos tecnológicos conectados, é preciso saber como se relacionar com eles, como não gastar tempo ou dinheiro demais com eles e como a sociedade precisa se comportar para não ser engolida pela tecnologia.”
Ao longo dos meus últimos atendimentos e treinamentos, uma queixa comum que recebo é: perco muito tempo em redes sociais. E quem é o maior vilão? O Facebook, com certeza. Muitas vezes às pessoas abrem a rede sem razão nenhuma! Just because. Nessa mesma festa que acabei de citar, um amigo abriu o Facebook pelo menos umas 7 vezes ao meu lado e o que ele fez? Absolutamente nada! Não mandou uma mensagem, não respondeu nenhuma notificação, ele só abriu, deu uma rolada na página e duvido que tenha absorvido algo significativo desse ato. Quando o questionei sobre o porquê dele abrir o Facebook direto, ele me disse: I don’t know, it’s just to check.
Você consegue reconhecer o tamanho do seu vício no Facebook?
Já comentei com vocês aqui que eu tive que organizar o perfil do Facebook pra continuar usando a rede. Simplesmente porque estava uma zona e bagunça me deixa por demais confusa e na real, bagunça é a melhor palavra pra definir o que acontece nas timelines por aí. Você sabe que está uma bagunça, não sabe? Bagunça é tudo aquilo que nos incomoda, que nos tira do eixo, que nos deixa ansiosos e estressados. E cada vez que eu navegava pela rede me batia uma angústia diferente, por isso eu resolvi colocar ordem na casa.
Mas mesmo com todos os grupos montados, com o feed enxuto e com as notificações desabilitadas, lá continuava eu abrindo o Facebook sem motivo. Foi aí que eu conheci o FocusBook.
O FocusBook é um plugin para Google Chrome muito do pentelho. Toda vez que você abre o Facebook, ele te pergunta: O que você veio fazer aqui mesmo? Aí você é obrigado a colocar o que você foi fazer ali, assim ele te deixa uns minutinhos sem bloquear a tela. E ele faz isso toda vez que você abre a rede! Não é um saco? É sim. Mas serve pra fazer sua ficha cair!
Quando você abrir o Facebook, o plugin vai solicitar que você diga o porquê de estar ali. Não tem um motivo? Enlouqueça com sua ficha caindo: você está no Facebook matando o seu tempo e ponto final.
Vai chegar um momento que você vai simplesmente ficar constrangido de abrir o Facebook sem motivo algum. A extensão te questiona porque você abriu a rede social, pergunta o que é tão importante e diz que você já ficou tempo demais e por aí vai. É uma extensão bem chatinha, mas que ajuda muito a manter o foco e sua produtividade. Ela vai continuar te lembrando dessa meta até você fechar o aplicativo. E às vezes ela é bem mal educada, viu?
Enquanto você não fecha o Facebook, o plugin vai fechando e bloqueando o acesso pra você. E aí, vai encarar?
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