27 de abril de 2018
Ele me dizia no meio do café, que não aguenta mais bater ponto e ver a vida passar na frente de um computador. Quer se livrar disso, mas o próximo passo é de encher de medo. Talvez a grana não dê e ele meio que não se sente no ponto ainda. Quem sabe ano que vem.
Eu queria muito ter dito pra ele: Constrói o trabalho que você ama. Se você for aí, bem no rumo que suas habilidades e paixões estão apontando, você vai descobrir muita coisa. Eu já acredito em todas elas.
É… eu queria. Mas te falei, não o fiz. Não falei porque cada pessoa tem seu tempo. E quando cada um percebe que pode viver do jeitinho que bem quiser, é uma sensação inexplicável e gostosa. Eu achava que não poderia tirar deles esse momento de descoberta. Então, em acordo com o Universo, decidi que iria apoiar seus talentos, do jeito que eu pudesse. O papo aqui é meio que uma tentativa dessas.
Recebo com frequência mensagens de pessoas me perguntando sobre o percurso que fiz para construção do meu negócio. Eu confesso que de vez em quando eu preciso me fazer a mesma pergunta. Empreender é caminho cheio de altos e baixos e eu sempre soube disso. Acordo pensando no meu negócio, durmo pensando no meu negócio. Tenho meus anjos e meus demônios, mas já parei de sofrer com as dualidades da vida. É preciso aceitar que onde há luz, há sombra.
Eu consegui muitas coisas através do meu negócio, principalmente uma agenda que tenho controle e tempo para dedicar às coisas que realmente são importantes pra mim. Hoje eu tenho um dia com 6 horas de trabalho, tempo para preparar minhas refeições, praticar atividades físicas e tirar um cochilo de tarde. Consigo assistir as séries que eu gosto e leio praticamente todos os dias. Quando tenho algum evento importante, deixo de realizar várias dessas atividades e fica tudo bem, porque foi planejado. Em viagens o mesmo acontece e tudo se adapta. Eu tenho a rotina flexível que eu tanto me esforcei pra construir. Hoje é assim. Mas nem sempre foi.
Em 2013 eu estava trabalhando para uma produtora contratada por uma emissora nacional como produtora de base de um programa semanal. Eu tinha acabado de mudar pro Rio e conseguir esse trabalho foi uma benção. Fui apresentada a pessoas fantásticas que me ensinaram muito. E que de certa forma estavam sempre apontando para mim como a pessoa organizada da equipe.
Quando me mudei pro Rio estava com a intenção de fazer uma pós em produção executiva, mas ao longo do caminho comecei a pensar se era esse o futuro que eu queria. Comecei a me imaginar nessa estrada, com 40 anos. A minha visão não me mostrava uma produtora. Aos 24, eu não me via no futuro sendo produtora. Isso ficou por meses na minha cabeça.
Não sou medrosa. Já fiz muitas coisas ao longo dos meus 30 anos. Aprendi que não queria ficar presa e que não sei o que sei à toa. Quando a intuição aponta um caminho, a gente precisa calçar sapatos confortáveis e ir.
2013 foi o primeiro ano que trabalhei com organização. Meu contrato com o programa acabou em Outubro e eu acabei oferecendo para empresa um serviço de organização colocando em ordem os documentos dos projetos da produtora e o espaço da ilha de edição. Ainda em 2013 eu fiz alguns cursos de organização e já estava bem por dentro do assunto porque sempre me interessei por produtividade, estudando em casa mesmo. Nos cursos recomendaram realizarmos pelo menos 10 laboratórios para praticar o conhecimento aprendido. Eu fiz todos os laboratórios recomendados e o que me convenceu a seguir na área de organização foi o do Joaquim, que não estava usando seus aparelhos de fisioterapia porque o quarto estava muito desorganizado e cheio de bagunça. Nós demos um jeito. Eu, a mãe do Joaquim, as cuidadoras dele, todo mundo ajudou. O outro membro da casa, o João, ganhou um cantinho só pra ele, que não havia antes. Nunca vou me esquecer da emoção que fiquei quando soube que ele agradeceu. João só tinha 5 anos.
Era isso. Eu não conseguiria mais viver sem essa sensação. Organizei muitas casas, escritórios, computadores. Trabalhei com pessoas diferentes, com necessidades diferentes. Minha agenda era cheia e eu dizia sim para toda oportunidade que aparecia. Eu trabalhava de 10 a 14 horas por dia. E esse foi o ano de 2014 inteiro, sem parar.
Em 2015 meu marido passou em um PhD nos Estados Unidos e no mesmo ano nos mudamos pra cá. Meus clientes ficaram no Brasil, meus atendimentos eram todos presenciais. O que eu vou fazer agora? Me perguntei sobre o caminho que percorri. Quando voltei a minha visão de longo prazo me vi tranquila, com tempo e escrevendo. Meu computador como instrumento de trabalho. E aí os próximos passos ficaram claros pra mim. Em Agosto de 2015 eu comecei um negócio digital. Sempre quis um negócio online porque tempo livre é um valor pra mim e eu acho que o trabalho online proporciona isso. Mudei tudo que fazia presencialmente para o online e errei em tanta coisa! Aprendi muito em pouquíssimo tempo também. Empreender me fez mais consciente. Empreender online me pediu para conhecer a mim mesma e descobrir se era isso mesmo que eu queria projetar no mundo.
Vender online não é moleza. A internet nos conecta, me permite chegar até você de maneira muito simples. Tirando que não é assim tão simples. Não é simples fazer vídeos, não é simples produzir conteúdo, não é simples atender pessoas a distância, não é simples colocar a cara no stories e vender um produto, não é simples fazer fluxo de caixa, não é simples construir rotina pra cuidar do próprio negócio, não é simples trabalhar de casa.
Eu acreditava que para construir um trabalho que se ama, que paga as contas, que dá satisfação e reconhecimento, tudo ao mesmo tempo agora, era necessário investir muito tempo. E realmente é. Nos primeiros anos da minha carreira eu coloquei muito tempo de investimento. Atendimentos de 8 horas por dia, todos os dias na semana, mais produção de conteúdo, trabalhos burocráticos que me faziam virar noites. Até eu passar dessa fase. E não tô dizendo também que tenha negócios que queiram passar dessa fase, mas uma realidade ocupada assim não funciona mais pra mim.
Em 2016 eu já estava acompanhando uma empreendedora criativa chamada Rafaela Cappai. Acabei assistindo não todos, mas vários dos assuntos que me interessavam no Canal dela no YouTube, acompanhando o Facebook e o Instagram. Alguns amigos e clientes já tinham passado pelo Decola! LAB, o programa de empreendedorismo da Rafa, e me contaram sobre como foi a experiência deles e o que aprenderam. Eu tive muita vontade de fazer o Decola desde o primeiro momento que fiquei sabendo sobre ele, mas as inscrições do programa só abrem uma vez ao ano e eu não tinha din din disponível para arcar com o investimento. Em um primeiro momento eu pensei: quem sabe no ano que vem…
Mas o Universo tem dessas coisas de colocar o chão na nossa frente quando a gente dá o primeiro passo, e eu já tinha dado quando comecei a estudar as coisas que a Rafaela tinha colocado na internet de maneira gratuita. Eu já tinha emitido a mensagem de que eu queria construir algo que fosse delicioso, sustentável, com minha cara. Foi quando eu recebi um email falando que estavam abertas as inscrições para bolsas do programa. Eu que tenho muita resistência para vídeos (e tenho mesmo!), nem pensei duas vezes. Peguei a câmera, troquei de roupa e fui gravar um vídeo de 1 minuto contando porque eu merecia a bolsa. Os 3 vídeos mais votados ganhariam uma bolsa e mais 12 vídeos seriam escolhidos pela equipe da Rafa. O meu não foi um dos mais votados, mas a galera lá de dentro acreditou que eu poderia. E me deram uma das bolsas.
No dia que eu soube eu dei pulos de alegria, óbvio. Eu tinha conseguido porque acreditei na minha intuição e por consequência, o mundo acreditou também. Eu estava no programa. E meu negócio estava prestes a mudar.
Assim que entramos no programa recebemos uma série de instruções e dicas para fazer os estudos funcionarem melhor. São 6 módulos liberados semanalmente e a Rafa oferece webinários tira dúvidas de tempos em tempos. A comunidade nunca para e tem sempre muita gente colaborando e formando parcerias dentro da turma. A turma foi uma das melhores coisas que aconteceram. Me lembro quando a Rafa perguntou quem iria seguir os estudos de maneira certinha, acompanhando as aulas toda semana e realizando os exercícios pra chegar no webinário com as dúvidas. Logo de imediato eu respondi que faria certinho, seguindo o cronograma do curso. Ah, que ingênua. Só no módulo de Identidade eu passei dois meses. No módulo de Marketing eu passei mais 2. E assim foi indo… até eu conseguir concluir meus estudos no oitavo mês. E eu não concluí todas as leituras complementares que surgiram e nem fechei todos os projetos que apareceram no meio do Decola. Mas cara, como eu estou satisfeita! O que eu aprendi dentro desse programa me ensinou muito sobre mim e sobre como eu posso realizar algo que faz sentido na minha vida. Ainda quando realizava o curso eu:
Algumas coisas que eu aprendi dentro de Decola! LAB e eu vou levar pra sempre:
DEIXA O MUNDO FALAR. As pessoas vão te dizer que você pirou, que talvez seria bom procurar outra coisa, se você já levou em consideração um emprego que tenha mais a ver com você. As pessoas sempre vão falar. Às vezes é porque elas querem genuinamente ajudar, mas tem medo como você. A vida é sua, o futuro é seu, então por que a decisão deveria ser dos outros?
NÃO É PRECISO MUDAR O MEU ESTILO PRA EMPREENDER. Não tem que esconder tatuagem. Não preciso ficar usando roupas que não me deixam bem. Não é essencial ter coisas que não são importantes pra mim para aparentar uma imagem que não me agrada.
FORMATOS TRADICIONAIS NÃO SÃO REGRA. Tem alguns caminhos que você aprende pra dar conta de administrar o negócio, sacar de vendas, formular propostas, entender seu preço, escolher times, mas não tem regra e nem fórmula. Depende do que você faz, como faz e o que entrega. Dá pra fazer diferente do que já é padrão no seu mercado.
SE MATAR NO PROCESSO É OPCIONAL. Eu achava que pra fazer meu negócio ser abundante eu precisaria trabalhar por muitas horas, mas isso não é bem verdade. Eu aprendi a diferença entre trabalho intuitivo e trabalho burocrático e hoje em dia eu separo muito bem os dois. O trabalho burocrático e o intuitivo precisam ser focados, senão pouco evoluo. Trabalho focado é mais rápido e mais eficiente. Não é preciso se matar no processo, basta simplificar e focar em uma coisa por vez.
DINHEIRO É IMPORTANTE, MAS DÁ PRA FAZER DAR CERTO SEM TANTO DINHEIRO ASSIM. Não é só dinheiro que é recurso para fazer as coisas acontecerem. Tem habilidade, dedicação, talento, rede, cara de pau. Tudo pode ser usado como recurso na construção e evolução do negócio.
NÃO É PRECISO COMEÇAR DO ZERO. Quando eu estava começando novas etapas do negócio, me questionei se estava começando realmente do zero. Nunca é começar do zero porque sempre haverá um aprendizado anterior. Até hoje eu uso o que eu aprendi no Cinema nos meus materiais. As conexões que fazemos para criar coisas novas é o que temos de mais valoroso. Ninguém pode criar o que só você pode criar porque só você fez as conexões que fez.
É POSSÍVEL VENDER SEM SE VENDER. Com o tempo você vai aprendendo a fazer as pazes com o marketing. Entende quais são os seus limites e que vender é parte do processo e parte importante, afinal, você precisa dar ao mundo a oportunidade de pagar pelo que você oferece. O que é bom, merece ser divulgado, promovido, adquirido. E dá pra fazer do jeito que se acredita porque está conversando com um público que entenderá. Marketing é uma arte. O campo que eu ainda possuo mais dificuldades dentro do meu negócio, for sure! Mas seguimos estudando e compreendendo o que esse campo tanto traz para dentro do negócio.
VAI COM MEDO MESMO! Onde há medo há coragem. E como eu disse antes, parei de lutar com as dualidades da vida. Se é pra realizar, tem que ser com medo mesmo. Porque não é da coragem que eu vou abrir mão.
NÃO É PRECISO ESTAR PRONTO PARA COMEÇAR. É preciso começar para ser bom. E é só com bastante prática que fica bom, e entende mais sobre o que faz e pode se dar a oportunidade de experimentar no meio do caminho, vestindo o crachá de beta e permitindo fazer o melhor que se pode.
RAZÃO E EMOÇÃO ANDAM JUNTINHAS. Ser analítico e organizadinho é bom pros negócios, ter emoção e paixão também é bom pro seu business. Essas duas áreas possuem vez na vida do empreendedor e quando há conflitos, as duas partes precisam se expressar. Razão e emoção tomam decisões juntas, o tempo inteiro.
O MAIS IMPORTANTE SÃO AS PESSOAS. É tudo feito pra elas. Cada detalhe. O conteúdo é pra elas, o produto é pra elas. Ela precisam se sentir bem, do momento da primeira interação até a entrega. É preciso ouvir o que elas tem a dizer. É preciso buscar o que traz bem estar a essas pessoas. Eu fico feliz que eu tenha achado isso na organização.
Em 2018, essa sou eu: Com uma empresa no Brasil, trabalhando nela de qualquer lugar que eu esteja. Entre São Paulo, Brasília e Califórnia, pessoas que trabalham pra ver todos os projetos desse negócio acontecerem. Minha estrutura é pequena e funciona. Eu estou feliz com o meu trabalho. Eu faço o que gosto. Eu tenho meus desafios e posso trabalhar usando pantufas. Ganho bem, faço meus horários (e às vezes deixo eles serem consumidos exclusivamente por trabalho). Viajo para trabalhar e passo mais tempo fora de casa do que é confortável, mas é assim que é. E quando eu enxergo lá na frente eu percebo: o que eu faço me leva em direção ao que eu me vejo fazendo. Estou no caminho certo.
Você já pensou em desistir? Já pensou em dar certo? Click To TweetAs inscrições do Decola! LAB desse ano se encerram no dia 09 de Maio. Esse ano eu estou como parceira do programa novamente <3 e como aqui eu busco sempre trazer informação e conteúdo de qualidade pra você, eu não poderia deixar de fora essa oportunidade. Sei que tem muita gente aqui que trabalha com suas paixões e habilidades e sei que também tem gente querendo construir um negócio gostosinho pra chamar de seu, por isso mesmo estou recomendando o programa aqui.
Acesse a Expedição de Reconhecimento do Decola! LAB para conhecer a Rafa Cappai e todo conteúdo maravilhoso que ela tem para passar a você. No programa completo dela, você encontrará 6 módulos com a metodologia da Rafa Cappai, validada em mais de 15 países, apostilas, áudios, grupo de suporte no Facebook, webinários ao vivo e todo o carinho da equipe.
1) Acesso ao Curso Academia de Organização Digital: com toda metodologia de organização digital para ajudar os criativos a colocarem as ideias em prática.
2) Grupo de suporte no Trello para acompanhamento de atividades de quem veio através da minha recomendação. Ajudando de pertinho a se organizar para acompanhar o programa. Como eu fiz.
Quando você entra através da minha recomendação, eu recebo uma parcela de comissão como afiliada do programa. É assim que funciona na Economia Criativa: a gente se ajuda, as galeras se juntam e um empreendedor vibra feliz quando alguém gosta e valida seu trabalho. E no meu caso eu ganho mais um bônus que é trabalhar com gente que quer fazer o seu melhor!
Se essa jornada empreendedora for pra você, aperte os cintos e vem com a gente! Clique aqui para começar a expedição de reconhecimento Decola LAB 2018